Terapia da escrita

17/01/2014 16:21

 

Técnica da escrita pode ter efeito positivo na saúde

O primeiro estudo sobre a técnica da escrita foi realizado no início da década de 90 por James Pennebaker, da Universidade do Texas em Austin, com alguns dos seus alunos. Pennebaker pediu que , durante quatro dias , cada estudante escrevesse todos os dias, por 15 minutos, pensamentos suscitados por experiências traumáticasm sem se preocupar com a qualidade do texto e sem se identificar. Os resultados foram surpreendentes: os estudantes, em geral de classe média alta, descreveram uma penosa lista de histórias trágicas. Estupros, violência na família, tentativas de suicídio e problemas com drogas foram os temas mais comum.
A partir dessa primeira experiência, os alunos foram acompanhados durante todo o ano escolar. Descobriu-se que a frequência de suas consultas no centro médico diminuiu, pois os problemas somáticos reduziram em quantidade e intensidade.
Após o êxito de Pennebaker, as expectativas em torno dessa técnica aumentaram, assim como o número de estudos dedicados ao tema. Anos depois, o professor Joshua Smith solicitou a 70 pessoas que sofriam de asma ou artrite reumática que escrevessem, em três sessões de 20 minutos, sobre as situações mais estressantes e traumáticas que tiveram. Quatro meses depois, metade das pessoas que descreveu os traumas manifestou uma nítida melhora nos sintomas: redução da dor e aumento da mobilidade, no caso de artrite , e um incremento da capacidade pulmonar, nos caso dos asmáticos .
Uma possível explicação, sobre os efeitos da escrita, é que expressar no papel suas próprias experiências negativas parece aprimorar a perceba da pessoa a respeito de si, tornando a somatização mais tênue. Também, se constatou uma redução nos níveis de cortisol ( hormônio que é ativado  nos momentos de estresse ) .
Uma pesquisa recente , realizada na Itália, avaliou os efeitos em 20 gestantes. Durante seis semanas ,elas escreveram sobre sentimentos e pensamentos ligados à gravidez. Comparadas a outras grávidas, as que participaram, tiveram menos dor no parto, risco menor de depressão no pós- parto, e mais facilidade de amamentar. Além disso, seus bebês precisaram de menos consultas médicas nas primeiras semanas de vida.




Fonte: mente e cérebro